Conversa ao Pé do Rádio - Como um artigo pode gerar riquezas
Constatei após a publicação de meu primeiro trabalho, que minha coluna já começou a gerar riquezas, senão vejamos: Eu mesmo comprei cem exemplares do jornal para remeter aos meus amigos e familiares, talvez precise mais. A tiragem, consequentemente, vai ter que aumentar , porque estou espalhando pra todo o mundo que estou escrevendo no jornal. Meus amigos irão comprar para emitir opinião (sempre encorajadora, espero) sobre o que estou escrevendo. Fiz telefonemas (Telepar faturando), tirei cópias Xerox. As pessoas que serão futuramente mencionadas, também estarão aumentando o número de leitores. Eu bem que estava desconfiado da aceitação tão rápida da minha idéia, começando pelo Ricardo, passei ao Camargo, fui ao Cattani e estava tudo resolvido: pode começar domingo. Prometo que vou aumentar cada vez mais o número de leitores desta coluna, nem que eu tenha que dar brindes. Êpa...
Correio de Notícias - Bomdomingo - Conversa ao Pé do Rádio - Curitiba, novembro de 1988
Um dos grandes locutores da Bedois, nos velhos tempos, foi Lóris de
Souza, irmão de Arthur de Souza.Inteligentíssimo, exímio violonista, o Lóris
formou-se engenheiro e deixou o rádio.
Fonte: www.ulustosa.com - Gafes e Fatos Cômicos
Naquele tempo a gente tinha muito medo de cometer erros, pois eles poderiam ocasionar uma enérgica repreensão e até a perda do emprego.
Sob essa tensão, lá ia eu fazer meu horário de locução, quando lia as dedicatórias nos programas de homenagens, anunciava as músicas e lia os textos comerciais.
O Osmar de Queiroz (foto acima), que era locutor esportivo naqueles tempos, foi quem me lembrou que certo dia eu fui ler o anúncio do "Nuguet", um produto para se passar nos sapatos e que, segundo seus fabricantes, conservava, amaciava e dava brilho. O final do texto era assim: "Nuguet - mais brilho ao couro dos calçados", e eu, num daqueles momentos de gênio às avessas, li desse jeito: "Nuguet - mais brilho ao couro cabeludo..." - e então parei, ao sentir que algo estava errado, e sem achar outra saída conclui: "...dos calçados". E ficou assim, para espanto de quem estava ouvindo a Rádio: "Nuguet - mais brilho ao couro cabeludo... dos calçados".
Segunda-feira,
27 de abril de 2009
Gafes do Rádio - "calor
atráz..."
foto: Arthur de Souza - fonte:
www.ulustosa.com
Certa vez, quando deveria ler o texto
“Para o bebê, nesse calor atroz, Talco Ross”, saiu com esta: “Para o
bebê, nesse calor ATRÁS, Talco Ross”.
Fonte: www.ulustosa.com - Gafes e Fatos Cômicos
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Gafes do Rádio - Nugget - mais brilho ao couro cabeludo...
Fonte: www.ulustosa.com - Site do Ubiratan Lustosa
Muitos anos atrás, eu era locutor da "Emissora das Iniciativas" - assim era cognominada a Rádio Marumby. Seus proprietários eram Tobias de Macedo Júnior e Arno Feliciano de Castilho. O Gerente era o Frederico Plaisant e Herrera Filho era o Locutor Chefe.
Naquele tempo a gente tinha muito medo de cometer erros, pois eles poderiam ocasionar uma enérgica repreensão e até a perda do emprego.
Sob essa tensão, lá ia eu fazer meu horário de locução, quando lia as dedicatórias nos programas de homenagens, anunciava as músicas e lia os textos comerciais.
O Osmar de Queiroz (foto acima), que era locutor esportivo naqueles tempos, foi quem me lembrou que certo dia eu fui ler o anúncio do "Nuguet", um produto para se passar nos sapatos e que, segundo seus fabricantes, conservava, amaciava e dava brilho. O final do texto era assim: "Nuguet - mais brilho ao couro dos calçados", e eu, num daqueles momentos de gênio às avessas, li desse jeito: "Nuguet - mais brilho ao couro cabeludo..." - e então parei, ao sentir que algo estava errado, e sem achar outra saída conclui: "...dos calçados". E ficou assim, para espanto de quem estava ouvindo a Rádio: "Nuguet - mais brilho ao couro cabeludo... dos calçados".
Era mais uma gafe de um locutor novato sob tensão.
domingo, 10 de maio de 2009
Gafes do Rádio - Dia das Mães
Fonte: www.ulustosa.com - Gafes e fatos cômicos
E vai mais uma das que o meu amigo Donato Ramos enviou. Essa tem até a data da ocorrência: 9 de maio de 1980. Na Rádio Independência de Cascavel, o apresentador "Coronel" Honorato era o titular de um programa de grande audiência. No mês de maio daquele ano, "Coronel" Honorato fez uma grande promoção para o Dia das Mães. Certo dia, abordando o assunto ele falou bem assim:
- "É isso aí, ouvintes. No Dia das Mães nós vamos dar muitos presentes para elas. Presentes para as mães mais bonitas, para as mães mais feias, para as mães mais isso, mais aquilo, e para as mães mais idôneas."
Nossa! Foi de lascar. A turma não agüentou. Ele queria dizer mães mais idosas... e disse mais idôneas. Ficou muito chato e as gargalhadas vieram impiedosamente.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Xadrez do Lugo
Xadrez do Lugo
Fonte: Blog do Eduardo Schneider - Xadrez do Lugo
Por exemplo, a partir de agora, só o Bispo come a Dama.
sábado, 14 de novembro de 2009
O grande Paulo Branco, radialista e blogueiro de sucesso (http://www.paulobranco.com/), acaba de voltar de uma viagem pelo lago azul de Ipacaray. Voltou falando maravilhas do clima (louvou ‘las noches tíbias’), e trouxe novas piadas sobre o presidente Lugo.
Uma delas conta que, desde que se descobriu as estrepulias sexuais do presidente, as regras para jogar xadrez no Paraguai mudaram. Por exemplo, a partir de agora, só o Bispo come a Dama.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Jorge Miguel Nassar, esteja com Deus
Jorge Miguel Nassar faleceu esta semana, aos 84 anos de idade. Foi radialista, dono de emissora e político, além de um grande amigo. Inteligente, voz forte e bem colocada em suas apresentações. O programa "A Voz do Povo" marcou época na Rádio Curitibana, década de 60. Lembro me como se fosse hoje, o dia em que comecei a apresentar o programa "Manhã Curitibana" (Veja +em "Agora o Manhã Curitibana" - postado neste Blog em 26 de abril de 2008), das 06 as 08 horas da manhã, no dia 1º de janeiro de 1967. O Nassar fez minha apresentação. Foi um radialista que teve uma presença muito forte em nosso Rádio. Seguiu o caminho que todos nós vamos seguir um dia. Boa viagem amigo.
Paulo Branco
quarta-feira,
20 de maio de 2009
Tony
Mineiro: "É isso aí galera..."
Alguns meses atrás pensei... -"por onde anda o Tony Mineiro?".
Pois passei minha adolescência ouvindo a voz dele, lá pela metade dos anos 70,
primeiro na gloriosa Rádio Iguaçú, e depois, na TV Iguaçú onde ele apresentava
o programa de Vídeo Clips "Som Iguaçu". Ele adorava a banda escocesa
de Rock Nazareth, da qual lançou sempre em primeira mão, LP's e vídeos em
Curitiba.
Era a voz de uma geração inteira, pois todos que o escutaram nunca mais esqueceram daquela voz. Alguns anos mais tarde, trabalhou nas Rádios Cidade, Metropolitana FM, sempre com muita competência, parecia sempre estar de bem com a vida. Mas por onde andaria o grande Tony? Procurei por toda Internet e nada, nenhuma nota, nenhum arquivo sobre esse grande profissional do Rádio Paranaense. Falando com meu amigo Conrado na comunidade do Orkut "Nazareth Brazil", pensamos em fazer uma homenagem ao Tony Mineiro. Como a banda virá ao Brasil em junho, iríamos localizá-lo, e pedir a RPC para que ele fizesse a entrevista com a banda. Seria a glória para o Tony. Mas onde estaria o Tony? Novamente procurando pela Internet, achei o Blog do radialista Paulo Branco, no qual citava o nome do Tony em diversas matérias sobre a história do Rádio Paranaense. Perguntei ao Paulo se ele sabia onde andava o Tony, e prontamente se interessou em me ajudar, e me pediu uma matéria sobre a história do Tony.Enviei o seguinte email:
-"Olá Paulo, vasculhando a Internet, procurando algo sobre o
Toni Mineiro, acabei tentando procurar como "Tony Mineiro", e achei a
seguinte nota : "TONY MINEIRO – O comunicador que atuou durante
alguns meses na Piratuba FM, comandando com muita competência, conhecimento e
categoria o programa das manhãs, faleceu na UTI de Curitiba, no dia 07 de
Novembro.(2008)". Apenas uma notinha,de um jornal comunitário lá de
Pirituba, Santa Catarina (Veja +Detalhes). Enviei um email para a Rádio
Pirituba Fm 104.9 - e-mail:lahpromocoes@yahoo.com.br, perguntando se
seria o mesmo Tony, da TV Iguaçú. Desculpe se por acaso lhe incomodo com esse
assunto Paulo, mas dia desses, nós de uma comunidade do Orkut, lembramos do
Tony, pois crescemos ouvindo esse grande locutor. Soube que ele enfrentou
problemas no final da década de 80, mas nada que possa ofuscar o profissional,
o qual eu acho que merecia mais do que uma simples notinha em um Jornal de
Santa Catarina. Ele merece uma homenagem de todos os Curitibanos que um dia
escutaram sua voz. Espero que não seja a mesma pessoa, mas tudo indica que é o
nosso Tony. É lamentável que ninguém em Curitiba saiba do fato. Faço uma
sugestão..., se de fato for confirmado a sua morte, faça uma homenagem em seu
blog, contando tudo sobre esse radialista, de onde veio, como viveu e
infelizmente como morreu. Paulo Branco, muito obrigado!!!"
O Paulo me enviou a seguinte nota:
-"Prezado Celso Henze, estava pensando em como fazer uma
homenagem e contar um pouco do nosso querido amigo Tony Mineiro, quando você
atendendo um pedido, envia um comentário que diz tudo. Sinceramente, não tenho
muito a acrescentar ao que você disse. Está tudo aí, e acho que a melhor
homenagem dentre outras que o Tony merece, é a constatação de que se tornou uma
voz inconfundível e sempre presente, em boa parte de uma geração. Celso,
existem amigos e colegas de equipe, ou seja, muitos que trabalham juntos, mas
que por vários motivos, não conseguiram uma oportunidade de fazer parte das
mesmas comunidades . Motivos alguns, como por exemplo , círculo de amizades e
admiradores distintos, locais frequentados no dia a dia, uma "certa falta
de tempo" na corrida que vivemos. Corrida esta que não sabemos aonde vai
chegar, e por que corremos? Assim, se torna mais difícil dizer coisas a respeito
do colega, do amigo, mas ressaltamos, era um grande e prestativo profissional.
Encantava uma juventude, uma geração, como você bem disseste. Eu em meus
programas, falando e entrevistando pessoas ligadas a política, artes ou
esporte. Isto não quer dizer que não éramos amigos, só que não íntimos,
horários diferentes, sempre nos encontrando na própria emissora , ora trocando
cumprimentos, ora um papo, sempre agradável. Quando o Tony chegou a Curitiba
vindo de Minas, clima quente, sofria com o frio que aqui fazia. Eu, gaúcho,
acostumado com o frio dos pampas, só tinha a lhe oferecer um bom chimarrão, prá
esquentar. -"É isso galera...!" (este termo foi trazido por ele). Que
mais posso dizer sobre Tony Mineiro (Antonio Claret Araujo) , falecido no dia 7
de Novembro de 2008. Esteja em paz, e continue encantando a todos que contigo
estão, com sua bela e adorável voz."
Quando o Paulo me pediu algo sobre o Tony, puxei pela memória e escrevi um pouco, além de um apêlo, ao final: -"Grande Paulo Branco, o Tony cativou nossa geração por sua voz carismática, bom humor, seu bate papo com o ouvinte, e como no meu caso, pelo "Rock and Roll", que na época a Rádio Iguaçú foi pioneira, coisa que nunca mais vou esquecer. As Rádios Paranaenses naqueles bons tempos, eram muito melhores que hoje, onde tudo parece ser imposto, até o gosto ao público. Eu mesmo, fui operador de som da extinta Rádio Cruzeiro do Sul, de Curitiba, em 1980. Tempos do Nestor Baptista, Jamur Jr, entre outros, mas o que mais marcou os jovens daquela época, foi o Tony. O vi pessoalmente apenas uma vez, em um bar que tive em frente a Sociedade Mercês. Naquela época você não precisava ficar mudando de estação, porque cada Rádio tinha seu perfil, futebol, música ou notícia. Acompanhamos o Tony por várias Rádios, como a Iguaçu, a Cidade,
a Metropolitana, Studio 96, além da TV Iguaçú, pois aquela voz parecia
fazer parte da família. O que mais doí, é que pensavamos que ele estava vivo,
trabalhando, queriamos fazer uma homenagem a ele. Mas vivo, dizendo o que você
bem lembrou: -"E aí galera...". Mas daí, o baque de descobrir sua
morte, por uma simples notinha da Gazeta do Povo, onde nem sabiam de quem se
tratava. Passou em branco tudo que ele fez, parece morreu abandonado. É
revoltante saber que nossa história é jogada fora, do Rádio, da TV, mas
"Heróis não devem ser esquecidos". Consideramos herói pelo que fazem,
ou fizeram, por participar de suas vidas, mesmo que somente com a voz, como no
caso do Tony, que foi de carne e osso, com problemas e defeitos como todos nós
temos. Postei também uma homenagem a ele na comunidade Orkut. Mas, nós fãs
gostariamos de saber a sua história, fotos, de onde veio, datas, programas que
fez, curiosidades e, como ou o por que da sua morte? Estou pensando em fazer
uma página dele na Internet, uma biografia. Peço sua ajuda nessa empreitada!!!
Um grande abraço, e parabéns por ter vivido aquela época!"
Infelizmente, descobri que Antonio Claret de Araujo, locutor, havia
falecido em uma UTI de Curitiba, no dia 07/11/2008, e sepultado no Cemitério do
Boqueirão. Isso, por um simples aviso de falecimento do jornal Gazeta do Povo,
postado em um link da Internet (Falecimentos - Serviços - Gazeta do Povo).
Mas como um profissional como o Tony Mineiro, que fez parte da história do Rádio Paranaense, que fez parte da vida de uma geração, morre esquecido pela mídia inteira do Paraná, da qual fez parte? É lamentável que o Rádio Paranaense não preserve sua grande história. E agora? Como reparar essa injustiça? Como homenageá-lo? Uma rua com seu nome? Vai em paz, grande Tony mineiro!!! Enviado por: Celso Vilmar Henze
quarta-feira,
10 de junho de 2009
Eu
e o Elon, não dávamos prejuízo pro "Velho Eugênio"
"eu e o Elon Garcia
fazíamos gravações um pequeno disco de alumínio recoberto por uma camada de
acetato, uma espécie de resina preta. Se um erro era cometido, perdia-se o
disco e era prejuízo para o Estúdio do "Velho Eugênio", grande
guerreiro."
Existem vários tipos de locução, porque ser locutor não é simplesmente
falar ao microfone de uma Rádio ou TV, hoje até pela Internet, é muito mais. Há
locutores que gostam e se adaptam mais a ler notícias, são os ledores, como já
falei nesse Blog. Outros locutores gostam de apresentar programas, e mesmo os
programas têm diferenciação, ou é um programa com "script" pronto,
completo; ou é um programa em que o apresentador comenta, improvisa, anuncia
músicas, entrevista convidados.
Por exemplo, a Rádio Ouro Verde de Curitiba, não é meu estilo de locução porque é só OUVIMOS e VAMOS OUVIR. Com o decorrer do tempo, o locutor novato vai buscando seu espaço para fazer o que mais gosta em locução, e engraçado, têm excelentes locutores noticiaristas e que não se saem bem como apresentadores. Assim como, têm apresentadores que não lêem bem noticiários. Ainda, temos excelentes locutores de comerciais, que no entanto não se saem bem quando apresentam notícias ou programas. No começo de minha carreira em 52, até meados de 60, não existiam gravadores, então tudo era mais caprichado, não havia espaço para erros. Lembro em Curitiba, já em 64, eu e o Elon Garcia fazíamos gravações em um pequeno disco de alumínio recoberto por uma camada de acetato, uma espécie de resina preta. Se um erro era cometido, perdia-se o disco e era prejuízo para o Estúdio do "Velho Eugênio", grande guerreiro. E para piorar as coisas, o dono da Casa Buri instalada na Praça Tiradentes, queria em 30 segundos enumerar todos os produtos que tinha para vender. Tínhamos que falar muito rápido, dar a inflexão certa e não extrapolar o tempo. Que eu lembre, nunca perdemos um disco sequer. Chegando o gravador, acho que os locutores passaram a gravar com uma certa displicência, porque qualquer erro, pode ser corrigido, bastando gravar novamente. E para gravar comerciais para TV então, era mais dramático, porque quando o tempo de locução estava certo, o VT poderia não estar, ou a sonoplastia entava um segundo atrasada. Não tinha como armazenar o que havíamos gravado, voltávamos tudo ao ponto de partida. Cheguei a ficar duas horas gravando um texto de 30 segundos. Quanto aos tipos de locução, temos o noticiarista, o apresentador, o anunciador, o entrevistador e o "faz-tudo" ou "generalista", aquele que manda tudo no momento que for demandado. Legal era que ninguém ficava nervoso, estressado, ou tinha aqueles "chiliques" nas gravações. Tornava o trabalho muito mais fácil e divertido. Mais adiante falaremos do repórter e do redator. Bom proveito. quarta-feira, 17 de junho de 2009
Sexo
pesado na CBN - por Eduardo Schneider
Fonte: Quarta-feira, 17 de Junho de 2009 - Sexo pesado na CBN - (*)
Jair Brugnago, vereador de União da Vitória, foi nesta terça-feira, 16,
a Rádio CBN reclamar de um livro, distribuído pelo MEC, chamado “Amor à
Brasileira”, destinado aos alunos do ensino médio.
A obra inclui texto de Dalton Trevisan que seria, segundo o vereador, pornográfico. O apresentador Eduardo Correia, que substituía o titular, José Wille, duvidou que houvesse pornografia em Dalton e desafiou o vereador a citá-la. O vereador inquiriu se era mesmo permitido citar os tais trechos. O radialista disse que a CBN estava sempre aberta a literatura de Dalton Trevisan. O vereador não teve dúvida e citou: - “Agora sua vadia, chupa o meu c...”, e, na seqüência: “vem aqui e agora chupa com força a minha b...”, e ainda: “enfia a língua no meu c...” O constrangimento foi tão grande que chamaram os comerciais. O episódio foi hilário. Deve constar das antologias de episódios cômicos do rádio, com direito a ser citado nas faculdades de comunicação como um clássico. O que é pornografia?
A polêmica sobre o que é pornografia é antiga e complicada. As frases
citadas pelo vereador, e reproduzidas neste espaço com pudicos três pontinhos,
são de fato pornográficas.
Ou pelo menos seriam assim consideradas se fossem parte, digamos, de um filme erótico. A questão é: como são frases de uma obra de Dalton Trevisan se transformam em grande literatura e podem e devem ser colocadas em livro didático para adolescentes? O assunto é complexo. Tanto é assim que os apresentadores da CBN ficaram “audivelmente” constrangidos com as citações do vereador. Curioso isso. Não é de bom tom citar trechos do autor na rádio, mas é perfeitamente adequado oferecê-los a estudantes? É aí que bate o ponto. Nada impede que uma obra literária de alto valor contenha cenas sexuais fortes com práticas eróticas incomuns como a anilíngua (estimulação oral do ânus), que é solicitada por um dos personagens. Mas é adequado fornecer relato dessas práticas a adolescentes que estão, presumivelmente, iniciando sua vida sexual? Opção
Todos sabem que um adolescente hoje, se quiser, pode ficar mergulhado 24
horas por dia na pornografia mais pesada navegando na internet, sem pagar nada.
Só pegando alguns vírus, espécie de gonorréia virtual. Mas temos aí uma questão
de opção. O adolescente liga o seu computador e procura sites pornográficos. A
escola fornecer material dessa natureza – o que torna seu consumo obrigatório
para todos - é questionável.
Mais estranho ainda. O sexo é um tema central da obra de Dalton Trevisan, mas raramente aparece em termos tão crus, como aqueles citados no ar pelo vereador, extraídos da obra distribuída pelo MEC. A impressão que fica é que a obra foi escolhida a dedo (epa!) para integrar a obra do MEC. (*) Eduardo Schneider é jornalista, crítico, um atento observador da política do Paraná e do Brasil. É colunista do jornal horaH e horaHNews. Contato: eduardoschneid@hotmail.com
quinta-feira,
9 de julho de 2009
Suicídio
Ao longo de minha carreira como
radialista, cataloguei algumas palavras que devem usadas com muito cuidado, uma
delas, "suicídio" (foto: suicídio, de Édouard Manet - 1877).
Certa vez, durante a apresentação do programa "Paraná Bom Dia" na
Rádio Independência, falei sobre suicídio. Aconselhei que antes de mais nada,
deve-se procurar, um padre, um pastor, um psicólogo ou um amigo, e expor o
problema que o aflige tanto, chegando mesmo em solução radical. E disse mais:
quem está de fora enxerga melhor as coisas, vê por outros ângulos e pode ajudar
a evitar o desfecho trágico, e por aí a fora. Em poucos minutos recebi um
telefonema, de uma pessoa que estava naquela situação e queria falar comigo. Eu
não poderia deixar de atender ao pedido de socorro. Não me largou mais,
enquanto não achamos a solução. Procurei o pivô, ou melhor a pivô do caso, a
ex-noiva. Consegui o reatamento, casaram e muitos anos depois, em uma
sinaleira, vislumbrei um automóvel, um senhor e uma menininha linda ao seu
lado, que deveria ser sua filha. Era o quase suicida... Lágrimas não faltaram,
e vieram, lentas e calmas. Recuperado, toquei em frente, seguindo destino.
Ainda, por causa do que falei, me ligou uma jovem com problema na contabilidade
da instituição em que trabalhava, e que era de sua responsabilidade. Estava
faltando dinheiro. Assumi o caso, e começamos a trabalhar. Faz conta, não
fecha, falta dinheiro, mas onde estará? Fomos ao banco pela enézima vez,
revisamos tudo e apareceu o erro. Graças a Deus o pior foi evitado. Por isso,
recomendo aos mais jovens que apresentam programas, a ter muito cuidado com as
palavras. E se os resultados comigo não fossem como relatei e tivesem outro
desfecho? Como é que ficaria minha consciência, mesmo porque, não é assunto
fácil de ser tratado.
segunda-feira,
24 de agosto de 2009
Registro:
Abel Trevisan no Rádio baiano
Outro registro que faço, com muita
alegria em nosso blog, vem do Abel Trevisan, atualmente em Salvador. Abel, um
grande amigo radialista, que atuou com brilhantismo no Rádio paranaense,
catarinense e agora, já vai para 20 anos, no Rádio baiano. Já escrevi matéria
no Blog, citando o Abel, intitulada "Equipe da Voz Nativa dos Pinheirais". Curioso é que estive em Salvador poucos
dias atrás, e no retorno, ao verificar email, recebi notícia do Abel sobre
chegada em breve na capital paranaense. E me diz que gostaria de encontro para
lembrar os velhos, e atualizar os novos, tempos. Que coisa, hein...? Poderíamos
ter adiantado a conversa, e continuaríamos com certeza por aqui. Mas em breve
trarei mais notícias do nosso querido Abel Trevisan, e o conteúdo da nossa
conversa. Não precisamos marcar na agenda, mas com certeza, iremos lembrar o
dia e a hora do bate-papo...
quarta-feira,
2 de setembro de 2009
Grandes
Rádios
Em Curitiba tivemos grandes emissoras de Rádio e que desapareceram
totalmente, dentre elas a Independência, Curitibana, Guairacá, Iguaçú, Capital,
Marumbi, Emissora Paranaense,Tinguí, Cruzeiro e Cidade. Algumas desapareceram
parcialmente, caso da nossa pioneira a PRB-2/Rádio Clube Paranaense, Paraná,
Cultura, Colombo e Universo. Com a criação de novos prefixos a audiência ficou
pulverizada, por isso elas desapareceram parcialmente, o que é de se lamentar.
Pior as que sobreviveram, pois não aproveitam a mão de obra especializada de
tantos e tantos radialistas, que estão desempregados e sobrevivendo às duras penas.
No Brasil, com exceção dos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, os velhos
profissionais não são prestigiados nas programações. Carregam consigo grandes
idéias, grandes vozes e conhecimentos adquiridos em muitos e muitos anos de
atuação. Por outro lado, a profissão de radialista deixou de ser uma profissão
rentável, exercida por novatos que precisam completar a mesada para estudar ou
aparecer na sua comunidade. Em breve farei contacto com emissoras curitibanas,
para saber de suas programações. Se destacando no momento as Rádios Banda B,
CBN e as equipes esportivas. Quem quiser trabalhar hoje, terá que comprar
horário e correr atrás de publicidade.
sexta-feira,
4 de setembro de 2009
Altos
papos no lançamento do livro "O Rádio do Paraná"
No lançamento do livro "O Rádio no Paraná" do Lustosa, tive
altos papos com Ney Ferreira Santana, ou o "Príncipe do
Acordeon,Araty". Quem não se lembra dos programas que apresentou em várias
emissoras de nossa capital e melhor ainda, não abandonou seu instrumento. Lá
estavam também o Milton Ivan Heller, jornalista que também tem livros editados,
o Wasyl Stuparik, grande profissional que atua em seu próprio estúdio de
gravações. Grande alegria de encontrar o Elon Garcia, sempre com seu vozeirão,
o José Maria Pizzarro, elegante e de fino trato, e os Luiz Renato Ribas e
Renato Mazanek, dois empreendedores do Cinevideo1. Também, grande papo com o
JAgostinho e o Sidney Campos, que citei e indiquei sítios na internete em
postagem aqui no nosso Blog - Mais amigos na Internete. Claro que o autor
do livro, Ubiratan Lustosa tentando dar atenção e autografar livros ao mesmo
tempo, se saiu muito bem. Valeu amigos. Inté
domingo,
6 de setembro de 2009
Terezinhaaaaa..
Ontem lembrei sobre coluna que
escrevia no Jornal "Correio de Notícias", a mais de 20 anos. Certa
vez escrevi sobre pessoas que ligavam o rádio a procura de prêmios, e
participavam de vários programas. Lembro que me referi aos mesmos assim: " tenho para
mim que existem ouvintes profissionais...patati...patata.". E não é que ontem, um repórter de TV
entrevistou um casal, que faz exatamente a mesma coisa, e ganham prêmios e mais
prêmios. Então deduzo, continua tudo igual. O "Velho Guerreiro",
homenagem dada ao Chacrinha por Gilberto Gil na canção "Aquele
Abraço", tinha razão: Na televisão nada se cria, tudo se
copia
segunda-feira,
7 de setembro de 2009
Duas
grandes perdas no Rádio paranaense
"Lembro que dizia em meus programas de Rádio,
que toda a pessoa devia fazer de quando em vez, uma visita num cemitério, e
desse uma boa olhada nas lápides dos túmulos e mausoléus, para nunca esquecer o
quanto somos pequenos neste mundo, não importando nossa condição social,
financeira ou intelectual."
Na quinta feira
(3/9) faleceu o veterano radialista ligado a área esportiva, Boris Musialowski
(foto a esquerda - fonte www.ulustosa.com), o qual foi
sepultado no Cemitério Municipal na sexta feita. Na mesma sexta, faleceu outra
grande expressão de nosso Rádio, o Paulo Alberti (foto a direita -
fonte www.ulustosa.com) que foi sepultado neste sábado (5/9), no
mesmo Campo Santo. Boris foi também por muito tempo funcionário do Tribunal de
Contas do Paraná, e pertencia ao grupo de 10 radialistas escolhidos para
representar a Época de Ouro do nosso Rádio (veja matéria e fotos no nosso Blog
- O natal foi ontem)
. Paulo Alberti tinha como função básica a técnica de som, e chegou a ser
diretor artístico da Rádio Clube Paranaense quando esta funcionava na rua
Dr.,Murici. Veja em nosso Blog, uma passagem interessante do Paulo Alberti, que
escrevi no jornal "Correio de Notícias" (matériaConversa ao Pé do Rádio - Rádio Estadual fora do ar mais
de um ano). Paulo ainda passou a ser
integrante da equipe da Rádio Banda B, onde exerceu funções importantes sob o
comando de Luiz Carlos Martins, deputado estadual. Duas grandes perdas. Boris
ja andava doente algum tempo, com problemas renais graves. O Paulo sofreu 03
acidentes vascular cerebral. Na nossa profissão, veiculamos notícias que não
gostaríamos de anunciar, esta que postamos é uma delas. Mas a morte é a única
certeza em toda nossa vida. Lembro que dizia em meus programas de Rádio, que
toda a pessoa devia fazer de quando em vez, uma visita num cemitério, e desse
uma boa olhada nas lápides dos túmulos e mausoléus, para nunca esquecer o
quanto somos pequenos neste mundo, não importando nossa condição social,
financeira ou intelectual. É ali, sob o terreno, que somos realmente nivelados.
Ali ninguém diz: "Você sabe com quem está falando"? Sim,
porque depois do último suspiro, chega a hora da verdade. Está na Bíblia:
"Tu és pó e ao pó voltarás". Meus amigos Boris e Paulo, que
ambos descansem em paz, sob uma lápide, com algum tipo de escrita, não importa
o que expresse, importa o que vocês foram importantes, e serão sempre lembrados
no Rádio paranaense.
A
partir de hoje, e pelos próximos 14 dias, estaremos publicando cada faixa do CD
"Crônicas e Reflexões". Esperam que gostem, e aguardamos as críticas
e sugestões. Valeu!!!
Faixa 01.A casa da vovó - Crônica -
Ubiratan Lustosa
Narração de Paulo Branco
Gravação e Sonoplastia: Wasyl
Stuparyk (Basílio Junior)
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Privilegiados de 1931
"Assisti
a chegada dos primeiros rádios, telefones, TV, fotografia.
Vi
também, a chegada do gravador, do tele tipo, do telex, do fax, do
celular,
do
disco 78 rotações feito de cera (caiu-quebrou),
do
"Long Play", do CD, do DVD, do MP3 (parece que já tem o MP7),
da
máquina de fotografia Digital, fotografa, filma e grava na mesma hora.
O
arado ser substituído por grandes colheitadeiras.
As
retroescavadeiras substituindo centenas de trabalhadores,
que
abriam valas nas ruas, para os primeiros encanamentos de água e esgoto.
Vi
também a chegada dos aviões "Teco-Teco", até os Supersônicos.
E
as verdadeiras fortalezas voadoras, com capacidade para transportar centenas de
pessoas.
Acompanhei a viagem do homem à
Lua."
Bem amigos, o trecho acima é apenas uma parte de
uma crônica, onde discorri um pouco sobre fatos que vi, vivenciei e acompanhei,
nos meus 78 anos. É um mundo maravilhoso, que vi de forma diferente, olhar
crítico e jornalístico, pois deveria repassar às mentes e ouvidos de tantos.
Sim, fui um privilegiado, desde 16 de setembro de 1931.
Clique abaixo e
ouça a crônica na íntegra, na voz do PB
Narração de Paulo Branco
Gravação e Sonoplastia: Wasyl
Stuparyk (Basílio Junior)
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Videotape da Vida, uma reflexão
Esta é uma crônica que fiz, num
momento de reflexão, e com alguns "pitacos" do meu amigo Wasyl, o
Basílio(foto ao lado). Depois, foi só ir no estúdio do Wasyl, e com sua
grande habilidade e criatividade, gravamos a crônica. Nasci a 78 anos, em 16 de
setembro de 1931, em Passo Fundo (RS), portanto, com muita bagagem nesta bela
vida. São apenas 78 velinhas para apagar. Conseguirei apagar muitas mais. Vejam
um trecho da crônica e ouçam na íntegra, logo abaixo.
"...
Depois, só, naquela esquina, fiquei eu a matutar.
Cada
um tem uma maneira de encarar as coisas.
Uns,
se acham injustiçados e sentem-se frustrados quando penduram as chuteiras;
Outros,
relembram as ações do passado com saudosismo;
E,
eu?
Me
aposentei do serviço público que, como radialista, desenvolvi
durante muitos anos, mas não me aposentei como radialista.
E
nunca me aposentarei.
Fui,
sou e sempre serei radialista!
Quando
não tenho o que fazer, procuro, invento, sempre a busca da nova notícia.
Os
tempos são outros, a linguagem vai se transformando e as notícias correm
com
maior celeridade. Mas o espírito irrequieto do repórter e apresentador de
rádio continua presente."
Clique abaixo e ouça na íntegra, a Crônica "Vídeotape da Vida" fonte para download: Divshare
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
O Wasyl e o Eulampio, grandes lembranças
"Ele como Diretor de TV e eu,
como Sonoplasta. E sonhávamos. No verso das folhas da programação, ficávamos
desenhando como seria a casa que precisávamos."
Este é o grande Eulampio Viana. Um
dos maiores sonoplastas e depois, diretor de TV que conheci.Sacana, que ele só,
no bom sentido. Quando eu trabalhei no Teatro Guaira, ele montou a sonoplastia
da peça "A Morte do Caixeiro Viajante". Mas tinha que
executar, diariamente. Aí o danado me contratou e pagou direitinho. Depois, no
Canal 6, TV Paraná, fazíamos o mesmo horário. Ele como Diretor de TV e eu, como
Sonoplasta. E sonhávamos. No verso das folhas da programação, ficávamos desenhando
como seria a casa que precisávamos. Ele pagando aluguel e eu vivia, embora
casado, na casa da minha mãe. Hoje, cada qual tem a sua casinha, mas as
lembranças trazem saudades dos tempos de televisão. Grande companheiro, grande
caráter e profissional de primeira qualidade. Como o Eulampio, só trabalhei com
outro grande, o Salatiel Coelho na extinta TV Tupi em São Paulo. Parabéns,
Eulampio. Mas a foto é de quando tinha lá seus 18, né companheiro?
Um abraço, Wasyl (Basílio Junior) sexta-feira, 2 de outubro de 2009
O Abel e os cobras da Guairacá
Pela segunda vez este ano estive em
Salvador (Bahia), e lá, além de visitar meu filho Roberto Riomar e família,
encontrei o meu amigo e radialista Abel Trevisan. O Abel é curitibano e
trabalhou em várias emissoras aqui, dentre elas a Rádio Ouro Verde e a Rádio
Guairacá, na década de 1960. Imaginem, foi uma festa o reencontro depois de
mais de 40 anos. Abordarei esse assunto em outras postagens, e as várias formas
de se comunicar em português, ou melhor, em "brasileiro", com causos
muito curiosos que aprendi na viagem.
Dedico hoje para mostrar algo raro. Não é que o Abel tinha guardado um anúncio de jornal, sobre a equipe contratada pela Rádio Guairacá, os chamados "Cobras", que saiu no "Estado do Paraná" em 07 de maio de 1968. Essa é uma raridade. Veja a equipe e tente identificar sem olhar o nome abaixo. Quantos radialistas você irá acertar? Eu consegui mais da metade. Que tal o teste?. Depois me escreva dizendo os acertos. Vamos lá, vale a lembrança e a diversão.
Segunda-feira,
5 de outubro de 2009
Seu Miguel, 1924 - 2009
Infelizmente
temos que noticiar a passagem de mais um amigo, que vizinho nosso, muitas vezes
enterneceu-me com suas histórias e exemplos de vida. Don Godofredo, como era
conhecido o Miguel Ledaniwiski, deixará tristeza em nossos corações. Como
última homenagem, estamos re-editando uma postagem e entrevista com "Seu
Miguel". Vale a pena conferir e conhecer um pouco dele, numa das belas
conversas que tive o prazer de ter com meu velho amigo. Que Deus o receba com
muito amor e carinho.
Segue a matéria e entrevista ( Seu Miguel, desde 1924) , postada em 26 de agosto de 2008 no nosso Blog: Nesta entrevista, um pouco da História de Curitiba, contada por quem viveu nos tempos de dantes "dos de 1931". É o Miguel Ledaniwiski Filho, ou Seu Miguel,de descendência austríaca, que desde 1924 vive a nossa Curitiba. Ele nos conta, comentários surgidos com o alargamento da Avenida João Gualberto (e posteriormente também na Av. Paraná),importante via de ligação até hoje. Conta como foi a plantação do primeiro Pinheiro na Praça Tiradentes, a construção do Edifício Moreira Garcêz. A passagem do dirigível Zepelin sobre o Bairro Águas Verdes.
Conta também, como eram os cortejos fúnebres da época, e como
funcionavam a classe social.
![]()
Ao final, para minha surpresa, Seu
Miguel encerra com um poema, de improviso e sem nome, mas belo na letra e na
declamação:
"que
tarde feliz
que
tarde alegre
o
sol já se derrama
se
recolhe no poente
a
noite se prepara
para
que seja vestido,
das
estrelas do céu
e
nós meditamos profundamente
quando
dizemos:que saudades do dia de amanhã,
que
saudades do meu primeiro amor."
Mas, nada melhor do que escutar, na
voz do Miguel, numa entrevista de apenas 9 minutos. Vale a pena conferir.
Fonte fotos dos Bondes, Zepelin, Av. Paraná: http://www.museudantu.org.br/EParana.htm Marcadores: Av. Paraná, Blog Paulo Branco - Radialista, Bonde da Carne, Bonde dos Operários, Guabirotuba, Miguel Ledaniwiski Filho, Zepelin, Águas Verdes quarta-feira, 7 de outubro de 2009
A Mudinha
Ainda do Abel. Trabalhando na Rádio Excelsior de
Salvador, na Praça Castro Alves onde se concentra o Pelourinho e o Elevador
Lacerda, verdadeiros cartões postais da Bahia, perguntou a uma colega como
encontraria uma loja para comprar um determinado produto. Foi informado que ele
acharia o que queria na "loja da Mudinha". Procurou,
procurou, não achou, e voltou. Desta vez a informação foi mais precisa, ficaria
no térreo do edifício onde funcionava a Rádio, sendo que havia várias lojinhas,
uma delas seria a Mudinha. Desceu e encontrou a dita cuja, só que a
loja era “A Modinha”. Tem mais, conto na próxima.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Esfolado no caminhão
A secretária doméstica de minha nora, lá de Salvador, certa vez chegou com a seguinte história: -"o fulano Pongô, Dispongô e Pocô.???!!!!" Entendeu o que ela quis dizer? Ora, é fácil, ela disse: - "o fulano subiu no caminhão (Pongô), caiu do caminhão (Dispongô) e ficou muito esfolado (Pocô)."
Logo vou lembrando mais curiosidades desta e doutras viagens, mais historinhas agradáveis e que mostram a diversidade cultural de nosso povo. O nosso grande poeta Manuel Bandeira já disse:
“A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada…”
Lá vou eu, deixa a vida me levá...
Logo vou lembrando mais curiosidades desta e doutras viagens, mais historinhas agradáveis e que mostram a diversidade cultural de nosso povo. O nosso grande poeta Manuel Bandeira já disse:
“A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada…”
Lá vou eu, deixa a vida me levá...
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
O tempo passa, o tempo voa
Dia desses, passei em frente ao Pronto Socorro Municipal, no Bairro Cajurú em Curitiba, e me veio uma lembrança da noite que a Rádio Independência deu início às suas transmissões. A Rádio transmitia 24 horas por dia e coube a mim, fazer a cobertura dos acontecimentos no PS, madrugada adentro. Lembro, até pela sua imponência, que em frente ao hospital havia a maior loja de móveis da cidade, a Móveis Cimo. Conheci a fábrica da loja, que foi criada em 1912 pelos irmãos Zipperer, imigrantes Austríacos, em Rio Negrinho-SC (foto à esquerda), sendo que a fabrica Cimo foi referência na produçãode móveis seriados no Brasil. Em seu lugar hoje, em frente ao PS do Cajurú, tem uma grande farmácia e mais oito lojas. A Móveis Cimo saiu do mercado, sumiu. Como já se foram outras grandes varejistas, as lojas Prododócimo e Hermes Macedo. Eram grandes anunciantes do nosso meio radiofônico, como lembra o Renato Mazanek em sua coluna no site Caros Ouvintes - O nascimento da televisão no Paraná - 29/06/2009 -: "Nos primeiros tempos da televisão, apenas a McCann Erickson estava presente em Curitiba e somente as grandes lojas de departamento, como Prosdócimo, Hermes Macedo e Móveis Cimo, contavam com uma estrutura própria de propaganda e podiam oferecer materiais com melhor produção.Nos anúncios do rádio eram utilizados apenas textos ou jingles (comerciais gravados em disco). Por isso, o atendimento comercial aos clientes de Curitiba, na televisão, apenas poderia ser feito, inicialmente, com suporte de locução de cabine, ou com o uso de spots (textos gravados em disco). Ou comerciais ao vivo." Puxei mais pela memória, e veio a lembrança do Bamerindus, um grande banco paranaense, e que também, sumiu. O Bamerindus deixou pra trás, somente um jingle de propaganda que dizia: "O tempo passa..., o tempo voa..., e a poupança Bamerindus continua numa boa". Lembram do jingle? Para recordar, basta clicar abaixo e ouvir. É meus amigos..., o tempo passa e o tempo voa. Portanto, aproveitem o máximo que puderem e sejam felizes.
sábado, 14 de novembro de 2009
O velho radinho, ainda imbatível
Na postagem de 13/nov - No apagão, rádio e twitter fazem bela dobradinha, o nosso blog tratou do trabalho realizado, em uma quase parceria do Twitter e o Rádio, na badalada questão do apagão elétrico. Isto veio comprovar o que eu e muitos outros radialistas escolados, respondemos quando perguntados sobre o futuro do Rádio. Sempre respondemos que ele é, e será por muito tempo, imbativel em matéria de comunicação, graças a sua velocidade e simplicidade de levar a informação. Muito maior até do que o eficiente e simples Twitter, porque pelo rádio você recebe tudo pronto e interpretado, sem precisar acessar e ler o conteúdo do evento. Basta ligar e ouvir, vide caso do tal blecaute. Se o seu computador ou televisão não funcionou por falta de energia, o radinho a pilha estava lá para lhe tranquilizar e informar tudo. Tin tin por tin tin. Daí concluímos, nem a Internete vai superar o Rádio. É isso ai.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
A palavras loucas, ouvidos moucos
Tenho postado várias gafes ou fatos pitorescos que aparecem no nosso
cotidiano, tanto do Rádio como na TV. Não iria perder este fato que vou
mostrar hoje, principalmente quando é da nossa querida Curitiba. É uma
passagem que ocorreu com Ogier Bucchi, que conta com passagens por
diversos programas em nosso meio radiofônico e jornalístico. Não sei a
opinião de vocês, mas não é fácil pra nós, profissionais de comunicação,
ter que engolir certos comentários de ouvintes, ou de leitores. Alguns
comentários, nós "fazemos ouvidos moucos". Já passei por situações
parecidas com a do Ogier, e não me calei. Já contei o caso em que
repeti uma pergunta para determinado empresário, que havia dito que eu
seria demitido se continuasse com a reportagem. Repeti a pergunta e
quando cheguei na emissora, realmente o tal empresário cumpriu a ameaça.
Eu estava demitido. Nossa vida é assim mesmo. Mas deixo pra vocês analisa
rem e ver se o Ogier estava certo.
cotidiano, tanto do Rádio como na TV. Não iria perder este fato que vou
mostrar hoje, principalmente quando é da nossa querida Curitiba. É uma
passagem que ocorreu com Ogier Bucchi, que conta com passagens por
diversos programas em nosso meio radiofônico e jornalístico. Não sei a
opinião de vocês, mas não é fácil pra nós, profissionais de comunicação,
ter que engolir certos comentários de ouvintes, ou de leitores. Alguns
comentários, nós "fazemos ouvidos moucos". Já passei por situações
parecidas com a do Ogier, e não me calei. Já contei o caso em que
repeti uma pergunta para determinado empresário, que havia dito que eu
seria demitido se continuasse com a reportagem. Repeti a pergunta e
quando cheguei na emissora, realmente o tal empresário cumpriu a ameaça.
Eu estava demitido. Nossa vida é assim mesmo. Mas deixo pra vocês analisa
rem e ver se o Ogier estava certo.
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